Alguns aspectos de nossas vidas nos impedem de viver serenamente. A nossa falta de alegria de viver ou até mesmo as nossas renúncias podem estar ligadas a uma ou mais feridas. Fala-se de cinco feridas emocionais básicas nascidas da rejeição, abandono, traição e de ter sofrido injustiça ou humilhação.
As pessoas que foram submetidas a um ou mais desses cinco feridas desenvolvem máscaras para não vê-las e não ouvi-las. Essas máscaras impedem a identificação das feridas emocionais para poder curá-las. Para conseguir compreendê-las e resolvê-las, é preciso ir fundo em uma viagem que pode ser dolorosa, mas que é a única forma de cura.
De acordo com as teorias de Lise Bourbeau, especialista em crescimento pessoal, somente enfrentando tais feridas podemos curá-las, fazendo-as emergir, sem escondê-las. Na opinião da especialista, cada um de nós nasce com feridas emocionais e resolvê-las para ser feliz, faz parte do nosso propósito de vida.
1. Rejeição
A ferida emocional da rejeição é uma das mais profundas. E não se trata apenas da rejeição dos outros em relação a nós, mas também da não aceitação de nós mesmos e da desvalorização das próprias capacidades. Não gostar de si próprio, no entanto, leva a não ser capaz de amar os outros e assim a situação acaba ficando cada vez mais trágica.
Pessoas com a ferida de rejeição gostariam de viver sempre escondidas e se sentirem quase invisíveis. Elas fogem dos desafios e são geralmente intelectuais que escolhem a solidão e lutam para lidar com as emoções que lhes pesam. As pessoas com este tipo de ferida emocional são introspectivas, têm uma forte capacidade de observação e uma grande intuição.
2. Abandono
As pessoas que carregam dentro de si a ferida do abandono não conseguem passar algum tempo sozinhas na vida. Sofrem a solidão e estão sempre à procura de alguém para lhes dar companhia. São sempre carentes de afeto (o que não conseguem explicar a si mesmas nem aos outros). Tendem a se preocupar muito e com muita antecedência se sabem que terão que enfrentar um evento difícil. Elas querem se comprometer com um objetivo comum e muitas vezes gostariam de fazer parte de grupos e associações que reflitam os seus ideais.
3. Humilhação
Quem tem dentro de si a ferida de humilhação geralmente tende a se envolver plenamente em seus projetos e a dar tudo de si no trabalho em equipe. A preferência dessas pessoas é o trabalho prático e artesanal, no qual elas possam expressar suas habilidades criando algo concreto, visível, que possa atrair a atenção dos outros. Ao mesmo tempo, a ferida da humilhação pode levar à vergonha e à inferioridade. Pode haver uma tendência a satisfazer em primeiro lugar as necessidades alheias em vez de dar prioridade às suas próprias necessidades. Empatia e sensibilidade estão entre as principais características das pessoas feridas da humilhação.
4. Traição
A ferida emocional da traição está relacionada com a confiança que em algum momento faltou. Por exemplo, ter sido vítima de uma promessa que não se cumpriu ou de uma expectativa não alcançada. Quem tem dentro de si a ferida da traição pretende muito, seja de si mesmo que de outras pessoas, e não gosta de mostrar sinais de fraqueza. As grandes expectativas para o futuro às vezes podem se tornar um obstáculo, pois evitam a pessoa de aproveitar melhor o momento presente. As pessoas com esta ferida muitas vezes tentam ter tudo sob controle, pessoas e acontecimentos.
5. Injustiça
As pessoas que sofreram injustiça e que foram feridas profundamente, vivem muito focadas em seu dever e tendem a se privarem de todo o prazer, porque elas pensam que não merecem algo de belo na vida e porque elas estão convencidas de que, fazendo melhor de si, alcançarão a perfeição e uma espécie de redenção. Às vezes as feridas emocionais se manifestam na estrutura física das pessoas. A ferida da injustiça leva a uma postura rígida, ereta e orgulhosa. Pessoas feridas pela injustiça tendem a ser muito precisas e arrumadas.
https://www.greenme.com.br/viver/saude-e-bem-estar/2382-as-5-feridas-emocionais-que-nos-impedem-de-viver-serenamente
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